Instalada sobre o túmulo da família Constantino de Matheus, esta obra representa a cena religiosa clássica de Maria amparando o corpo de Jesus.
A escultura feita em bronze fundido por Eugênio Pratti, em 1917, tem enorme carga dramática, que supera os valores cristãos para tornar-se uma obra emocionante mesmo para o público laico.
O túmulo em granito negro serve como base e suporte para a escultura, o que pelo uso da cor já cria uma plataforma emocional que remete ao luto. Maria é a mãe de joelhos que ampara em seus braços o corpo de seu filho morto. As pernas de Jesus pendem sobre o túmulo de granito, com uma das mãos solta e outra segura pela mãe. A cabeça inerte do filho morto pendendo cria uma carga dramática que é amplificada pela dor da mãe que, com a cabeça inclinada, tem olhos fixos no filho, numa expressão de lamento.
Eugênio Prati, nascido em Cerro Veronese no ano de 1889, e falecido em 1979 na cidade de São Paulo), foi à sua época um escultor conhecido e requisitado por seus trabalhos em arte tumular. Suas esculturas tumulares podem ser vistas nos cemitérios da cidade de São Paulo, no Cemitério São Francisco de Paula em Curitiba e no Cemitério Municipal de Jaú, interior de São Paulo. Além de arte funerária, Eugênio Pratti produziu várias esculturas em bronze de menor tamanho, menores que 100 cm de altura, sem o caráter monumental, e pinturas a óleo.