Jazigo de mármore com cruz em granito, de autoria de Jean Marie Joseph Magrou, no túmulo de Affonso Arinos de Mello Franco
Affonso Arinos de Mello Franco (Belo Horizonte, 11 de novembro de 1930 – Rio de Janeiro, 15 de março de 2020) foi um diplomata, escritor e político brasileiro. Membro da Academia Brasileira de Letras.
Iniciou a carreira de diplomata em 1952 na comissão de Organismos Internacionais da divisão de Atos, Congressos e Conferências Internacionais do Ministério das Relações Exteriores. Entre 1956 e 1959 foi segundo-secretário na embaixada do Brasil em Roma e entre 1963 e 1964, primeiro-secretário na embaixada do Brasil em Bruxelas. Depois serviu em Haia, Genebra, Washington e Porto.
Em 1979, foi promovido a ministro de primeira classe. Foi embaixador do Brasil na Bolívia, na Venezuela na Santa Sé (Vaticano) e na Holanda.
Paralelamente ao cargo de diplomata exerceu, no Brasil e no exterior, atividades jornalísticas e de divulgação cultural, legislativas e docentes. Foi colaborador e correspondente jornalístico para revistas e jornais brasileiros bem como para a Televisão Educativa, para a Rede Manchete e para a Enciclopédia do Brasil Ilustrada, 1977. Ele também ocupou a cadeira 29 da Academia Mineira de Letras.
No período de 1960 a 1962 foi deputado à Assembleia Constituinte e Legislativa do Estado da Guanabara, na qual atuou como membro da Comissão de Constituição e Justiça, em 1961, e como presidente da Comissão de Educação, em 1962. Entre 1964 e 1965, foi professor de Civilização Contemporânea no Departamento de Jornalismo do Instituto Central de Letras da Universidade de Brasília. Exerceu o mandato de deputado federal pelo Estado da Guanabara (1964 a 1966) tendo sido, nos anos de 1965 e 1966, membro da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados.
Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 22 de julho de 1999, recebido em 26 de novembro do mesmo ano para tomar posse da cadeira que tem por patrono Hipólito da Costa, pelas mãos do acadêmico José Sarney.
Morreu no dia 15 de março de 2020, aos 89 anos.
Obras
Primo canto (Memórias da mocidade) (1976)
Três faces da liberdade (1988)
Atrás do espelho (Cartas de meus pais) (1994)
Introdução ao Brasil Holandês (Dutch Brazil) (1995)
Tempestade no altiplano (Diário de um embaixador) (1998)
Adeuses, Ribeiro Couto e Afonso Arinos (1999)
Organização e introdução de Afonso Arinos no Congresso (Cem discursos parlamentares) (1999)
Diplomacia independente: um legado de Afonso Arinos, Editora Paz e Terra S/A, São Paulo (2001)
Perfis em alto-relevo (2002)
Pelo sertão: histórias e paisagens (2006)
Mirante (2006)
Tramonto (2013)
Condecorações e títulos honoríficos
Grande Oficial da Ordem do Rio Branco (Brasil), 1979.
Hóspede de Honra da Vila Imperial de Potosi (Bolívia), 1981.
Hóspede Ilustre da Cidade de Cochabamba (Bolívia), 1981.
Grã-cruz da Ordem do Condor dos Andes (Bolívia), 1982.
Grã-cruz da Ordem do Rio Branco (Brasil), 1985.
Ordem Francisco de Miranda, Primeira Classe (Venezuela), 1985.
Grã-cruz da Ordem de Pio IX (Santa Sé), 1988.
Grã-cruz da Ordem do Mérito de Malta (Ordem Soberana e Militar de Malta), 1989.
Cidadão do Estado do Rio de Janeiro (Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), 1990.
Grã-cruz da Ordem de Orange-Nassau (Países Baixos), 1994.
Medalha de Mérito Pedro Ernesto (Câmara Municipal do Rio de Janeiro), 1999.
Medalha de Merito della Dante di Nova Friburgo (Sociedade Cultural Dante Alighieri de Nova Friburgo), 2002.
Jean Marie Joseph Magrou (22 de outubro de 1869 – 1945) foi um escultor francês, nascido em Béziers, França. Ele estudou com Eugène Émile Thomas e Injalbert. Magrou foi um Chevalier da Legião de Honra. Ele é lembrado, entre outras coisas, por suas estátuas de Pedro II do Brasil, no Brasil.