Mausoléu de Bernardino de Campos - capela em granito e águia em bronze, de autoria de Júlio Starace
Bernardino José de Campos Júnior, nascido em Pouso Alegre, no dia 6 de setembro de 1841, e falecido em São Paulo, no dia18 de janeiro de 1915.
Foi um advogado e político brasileiro. Formou-se em direito pela Faculdade de Direito de São Paulo, foi presidente do estado de São Paulo (antigo título de governador) por dois mandatos: 1892 a1896 e 1902 a 1904. Também exerceu cargos no Senado Federal e na Câmara dos Deputados.
Além de advogado, dedicou-se ao jornalismo, dirigindo, ao lado de Quintino Bocaiúva o jornal republicano O País, participando ativamente do movimento pela abolição da escravatura, e fundando, em 1881, o jornal Época, ao lado de Peixoto Gomide, Muniz de Sousa e Antônio Bittencourt.
Na luta pela abolição da escravatura, integrou o grupo paulista dos Caifases, responsáveis por ações de fugas de escravos e pela proteção jurídica aos líderes abolicionistas.
Com o advento da República, em 1889, foi indicado para a junta governativa de São Paulo. Foi eleito deputado constituinte em 1891, e, após a promulgação da Constituição, passou a exercer o mandato ordinário. Fez oposição ao governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca e apoiou a sua substituição por Floriano Peixoto em novembro de 1891.
Como presidente de São Paulo, enfrentou a grave epidemia de febre amarela que se estendeu de Santos até Campinas; para tal mobilizou grande equipe de engenheiros e médicos especializados em doenças tropicais, e conseguiu livrar o estado da doença, inclusive eliminando o foco endêmico do Porto de Santos.
Em fevereiro de 1892, teve início a Revolução Federalista, guerra civil contra o governo federal que duraria até 1895. Como presidente de São Paulo, Bernardino de Campos interviu tanto na Revolta da Armada quanto na Revolução Federalista, contribuindo com o governo federal com suprimentos, recursos financeiros e até socorros para a cidade da Lapa, no Paraná, que se encontrava sitiada pelas tropas rebeldes.
Seu apoio às forças federais foi fundamental para a derrota dos federalistas que ameaçavam a jovem república brasileira.
Depois de deixar o governo do estado de São Paulo, foi senador da república por três mandatos (1896; 1800-1802;1904-1915), ministro da Fazenda (1896-1898), e mais uma vez governador de São Paulo (1902-1904), tendo deixado o governo por motivo de saúde.
Recebeu o título de general honorário do Exército Brasileiro. Foi consultor jurídico da São Paulo Light e da Estrada de Ferro Sorocabana. Faleceu em São Paulo no dia 18 de janeiro de 1915.
Giulio Starace, também conhecido como Julio Starace (Giugliano, 6 de abril de 1887 – São Paulo, 31 de março de 1952 foi um importante escultor italiano que construiu sua carreira no Brasil.
Adepto do neoclassicismo e do realismo, esculpiu obras importantes em bronze, mármore e granito, que estão em diversas cidades do Estado de São Paulo e de Minas Gerais. Torna-se inicialmente conhecido pela execução de bustos de personagens públicas e arte tumular, sendo mais tarde celebrado pelos grandes monumentos em praças públicas.
Fonte: wikipédia