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FIGURA E MEDALHÕES EM BRONZE, POR PINTO DO COUTO – FAMÍLIA ALCIBIADES CAMPOS

Rodolfo Pinto do Couto (1888-1945). Escultor, professor e publicista.

Rodolfo Pinto do Couto nasceu no Porto em 1888 e foi batizado a 27 de maio desse ano na igreja paroquial de Santo Ildefonso. 

Rodolfo Couto frequentou, desde cedo, o ateliê do mestre António Teixeira Lopes, em Vila Nova de Gaia. Fez a instrução primária na escola de Diogo Cassels (1844-1923), pedagogo e membro da Igreja Lusitana, e no Colégio Vila-novense.

Mais tarde, estudou na Escola Elementar de Comércio do Porto, na Escola Normal (Porto), na Escola Industrial de Passos Manuel (Vila Nova de Gaia) e na Escola de Belas Artes do Porto. Nesta última, cursou Desenho Histórico (1898-1904), que concluiu com distinção e 17 valores, e Escultura (1901-1906), diplomando-se com 18 valores e louvor no exame final de 5.º ano.

Em 1908 apresentou a concurso ao lugar de pensionista na classe de Escultura em Paris o trabalho intitulado Escravo romano sucumbindo ao veneno. Os seus condiscípulos José de Oliveira Ferreira e António Alves de Sousa também se candidataram ao mesmo concurso. A bolsa foi obtida por António Alves de Sousa.

Pinto do Couto prosseguiu os estudos artísticos em Paris, com o apoio financeiro do visconde de S. João da Pesqueira, do Dr. Leopoldo Mourão e, depois, de D. Manuel II. Durante este período, frequentou academias, ateliês de reputados artistas como Antonin Mercié (1845-1916), as aulas de Anatomia Artística do fisiologista e escultor Paul Richet (1849-1933) e participou em conferências sobre história de arte no Museu do Louvre e em cursos na Sorbonne. Foi admitido no Salon (1910-1911) e casou, em 1911, com a escultora brasileira Nicolina Vaz de Assis (1874-1941).

Em seguida, radicou-se no Brasil, país onde deixou numerosos trabalhos, como o monumento a Eça de Queiroz (1923) e os púlpitos de bronze da Igreja da Candelária (1931), no Rio de Janeiro; o monumento funerário do senador Pinheiro Machado (1923), no cemitério da Santa Casa de Porto Alegre, e o grupo escultórico no Cemitério da Consolação (S. Paulo).

No Rio de Janeiro, foi sócio honorário da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa de Beneficência, do Clube Ginástico Português, do Liceu Literário Português, da Obra de Assistência aos Portugueses Desamparados, do Real Gabinete Português de Leitura. Foi, ainda, benemérito da Biblioteca Central de Educação. Colaborou no projeto de organização de um museu histórico da cidade e foi redator da revista mensal ilustrada Artes Sacras.

Em S. Paulo, foi membro da Sociedade de Cultura Artística, do Clube Português e da Associação Paulista de Boas Estradas; sócio honorário da Associação Portuguesa de Socorros Mútuos Sacadura Cabral / Gago-Coutinho e do Clube Republicano Português. Contribuiu para a reformulação dos estatutos da Associação dos Artistas, Jornalistas e Homens de Letras. Foi convidado a participar no projeto de criação de uma escola paulista de artes e foi secretário-geral da Grande Comissão Permanente de Homenagens Póstumas à Memória de Carlos Campos.

Regressou a Portugal no ano da jubilação de Teixeira Lopes (1936). Nos anos seguintes, desempenhou as funções de conservador do Museu Municipal do Porto (1938-1940) e de professor de Escultura na Escola de Belas Artes do Porto (tomada de posse a 1 de outubro de 1940). Foi também secretário-geral do Grupo de Estudos Brasileiros no Porto e subdelegado no norte de Portugal da maior organização jornalística do Brasil – “Diários Associados”.

Ao longo da sua carreira artística realizou várias exposições individuais de escultura, em Portugal e no Brasil: no Porto, em 1908 e 1936; em Porto Alegre, em 1918; em S. Paulo, em 1929; no Rio de Janeiro, em 1929 e 1930. Participou em mostras coletivas do Salão Oficial de Belas Artes do Rio de Janeiro, onde foi agraciado com uma medalha de prata, em 1913, e com a Grande Medalha de Prata, em 1918. No âmbito da sua participação na Exposição Internacional do Centenário da Independência do Brasil, em 1922, foi-lhe atribuída a medalha de ouro.

Em Portugal, executou, entre outros trabalhos, os bustos do orador Alfredo de Magalhães, de António Augusto Mendes Correia, do pintor Acácio Lino, do industrial João Manuel Lopes de Oliveira e do 7.º reitor da Universidade do Porto, José Pereira Salgado.

No Museu Nacional de Soares dos Reis existem obras suas, como Cabeça de preta, e um retrato em alto-relevo de Sousa Pinto.

Pinto do Couto foi autor da obra As artes plásticas no Brasil. Um grande mestre da pintura contemporânea – Rodolfo Amoêdo (1857-1941), editada em 1943.

Morreu em 1945.

(Universidade Digital / Gestão de Informação, 2014)

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