SOBRE A ESCULTURA:
Ousado conjunto escultórico em granito marrom polido e estatuário em bronze em estilo art-nouveau, de autoria de Materno Giribaldi, em 1932. Sobre a base retangular de granito, um navio imaginário flutua no espaço. Figuras femininas jovens, seminuas, com os seios expostos, apenas com uma túnica fina, colada ao corpo, representam almas ondulantes projetando-se num espaço em movimento, em várias posições, como se procurassem ou tentassem agarrar algo. Varias outras figuras femininas circundando os dois lados do tumulo. Flores aparecem no casco do navio, simbolizando a pureza. Do lado direito do túmulo, uma mulher segurando pelos braços uma criança representa a família, retratando a viuvez e a orfandade. Do lado esquerdo, outras esculturas femininas representando a caridade, o amparo e a pobreza. Na parte posterior um magnífico portal em bronze maciço com um relevo de um anjo. De cada lado do portal, um anjo, cada um com o braço erguido, seguram juntos uma pira em chamas, representando a glória. Em destaque, encimando o conjunto, sobre uma base de granito representando um esquife, uma figura feminina, na exuberância da sua jovialidade, aparece quase deitada, mantendo o cotovelo apoiado sobre o granito, enquanto a sua mão apóia o rosto, parecendo contemplar o infinito, representando a saudades. Na parte frontal inferior, dentro de um nicho circular, o busto em bronze do empresário, com um livro na mão, representando o professorado. Nota-se neste trabalho que o autor recebeu influencias de Augusto Rodin, a mais alta expressão da estatuária do século XIX, dando um acabamento mais aprimorado ao rosto e as mãos de suas figuras, permanecendo o corpo como inacabado. É importante destacar que quase não aparece emendas nas esculturas. FONTE: http://tumulosfamosos.blogspot.com/
Ricardo Nami Jafet, brasileiro de ascendência libanesa nascido em 26 de novembro de 1907 e falecido em 18 de março de 1968 foi um advogado, formado em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 1930, foi banqueiro e industrial , fundou a empresa Mineiração Geral do Brasil para produção de minério; e foi responsável pela fundação da Usina Hidrelétrica Mogi das Cruzes e também pela fundação da Empresa Internacional de Transportes.
Materno Giribaldi (1870-1951) foi um escultor italiano que iniciou sua carreira no ambiente da scapigliatura milanesa, tornando-se aluno e colaborador próximo do escultor Ernesto Bazzaro (1859-1937). Na transição dos século XIX e XX, se evidencia a influência de Leonardo Bistolfi (1859-1933) sobre sua obra. Neste período profícuo participa de diversos concursos para monumentos públicos e mostras, como as Exposições Trienais de Milão, a Exposição Geral Italiana (Turim, 1898) e a Mostra Nacional de Belas Artes (Milão, 1906). No começo do século XX, retorna à cidade natal, Asti, onde realiza monumentos públicos, bustos e obras fúnebres. Em 1925, imigra para o Brasil e assume a cadeira de modelagem e plástica no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, anteriormente ocupada por Amedeo Zani (1869-1944).
Materno Gaetano Giribaldi nasceu na cidade de Asti em 18 de julho de 1870. Aos 15 anos, matriculou-se na Academia de Belas Artes de Brera, onde permaneceu até 1890. Tornando-se aluno e colaborador próximo do escultor Ernesto Bazzaro (1859-1937), vivenciou o ambiente da scapigliatura milanesa. Após passagens por Paris e Boston, retornou a Milão e participou de diversas mostras — Exposições Trienais de Milão, Exposição Geral Italiana (Turim, 1898) e a Mostra Nacional de Belas Artes (Milão, 1906) — assim como de concursos para monumentos públicos. Neste período se evidencia a influência de Leonardo Bistolfi (1859-1933) sobre sua obra. Colega de Ernesto Bazzaro na Academia de Belas Artes de Brera, Bistolfi tornou-se o principal expoente da escultura simbolista italiana.
No início do século XX, Giribaldi retornou à cidade natal, onde trabalhou como professor na Escola Municipal de Artes e Ofícios, além de realizar monumentos públicos, bustos e obras fúnebres. Logo após sua vitória no concurso para o Monumento aos Caídos de Asti, o resultado foi anulado em adesão ao parecer da sessão local do Partido Nacional Fascista. Giribaldi decide, então, imigrar para o Brasil e assume a cadeira de modelagem e plástica no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, anteriormente ocupada por Amedeo Zani (1869-1944).[2]
Obras
As obras de Materno Giribaldi apresentam elementos do simbolismo italiano, um estilo de representação visual que agrupa estilos artísticos europeus do final do século XIX.[3] Suas obras se caracterizam ainda por composições assimétricas, com uma profusão decorativa de massas florais.
Fonte Monumental Medici, em comemoração ao Aqueduto de Cantarana (1908) - Asti, Piemonte
Monumento Saroldi-Lusso-Omedè (1921) - Asti
Monumento aos Soldados Mortos de Montiglio, Piemonte (1923)
Monumento aos Soldados Mortos de Viarigi, Piemonte (1924)[4]
Monumento da Família Jafet (1925-1932) - Cemitério da Consolação
Túmulo da Família Horácio Vergueiro Rudge (1931) - Cemitério da Consolação [5]
Medalhão memorialista no Mausoléu da Família Aliberti - Cemitério do Araçá
Mausoléu da Família Tognato (1935) - Cemitério de Santo André
Túmulo de Carlo Mauro (1938) - Cemitério São Paulo
Monumento da Família Rossa (1942) - Cemitério São Paulo
Fonte: Wikipédia