"Guardiães e Pietá" e portas com cruz céltica, pombos e alto-relevo em bronze; capela com cruz, colunas, capitel e diversos ornamentos em mármore.
Autor: Enrico Luigi Brizzolara
Obra monumental encomendada pelo Conde Francesco Matarazzo por ocasião da morte de seu primogênito, o mausoléu da família Matarazzo contém como mensagem a glória da vitória do imigrante religioso, obtida através dos valores da Igreja Católica, da ética do trabalho e e da solidez dos laços familiares
Enrico Luigi Brizzolara
Nasceu em Chiavari, Itália, em 11 de julho de 1868, e faleceu em 11 de abril de 1937. Aprendeu o ofício de entalhador com seu pai. Transferiu-se para Gênova com 23 anos e ingressou na Accademia Ligustica di Belle Arti, onde se tornou, mais tarde, professor. Há vários trabalhos dele em São Paulo, Rio de Janeiro e Buenos Aires, além de obras na Itália.
Conde Francesco Antonio Matarazzo
Personagem importantíssimo no processo de desenvolvimento industrial do estado de São Paulo, Francesco Antonio Matarazzo nasceu em 1854, em Castellabate, Itália e faleceu São Paulo, em 10 de fevereiro de 1937. Era filho de Costabile Matarazzo, e de Mariangela Jovane. Foi casado com Filomena Sansivieri e teve 14 filhos. Emigrou para o Brasil em 1881 com esposa e dois filhos após a unificação italiana, devido à crise econômica que se instalou na Itália neste período. Inicialmente se estabeleceu em Sorocaba, SP, e montou uma fábrica de banha de porco enlatada. Mudou-se para São Paulo em 1890, pois a cidade se desenvolvia economicamente de forma muito vigorosa devido à riqueza da cafeicultura. Junto com os irmãos Giuseppe e Luigi, fundou a Matarazzo & Irmãos. Em 1899 fundou o Moinho Matarazzo. Em 1901, montoua fábrica de sacos para embalagem da farinha que daria origem à Tecelagem Mariangela. Entre os anos 20 e 30, Matarazzo fundou e presidiu o CIESP - Centro das Indústrias do Estado de São Paulo - e a FIESP - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. Em 1911, os empreendimentos da família se aglutinam nas Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo. No fim de 1914, Matarazzo é surpreendido pela entrada da Itália na Primeira Guerra quando estava em viagem pela Itália com a família. Decide ficar e ajudar a Itália, cuidando da distribuição de alimentos em Nápoles, motivo pelo qual foi agraciado com o título de Conde do Reino, em 1917. As Empresas Reunidas Irmãos Matarazzo ainda atuaram em vários setores econômicos, como frigoríficos, indústria química, destilaria e cinema.